Cortina antisiltagem: aliada no preenchimento das cavas e na recuperação das lagoas

Durante a dragagem do Complexo Lagunar da Barra e de Jacarepaguá, uma estrutura discreta, mas essencial, ajuda a devolver equilíbrio às lagoas: a cortina antisiltagem.

O que é e para que serve?

É uma barreira flutuante instalada exclusivamente nas etapas de preenchimento das cavas subaquáticas — grandes buracos deixados por décadas de extração de areia. Essas cavas prejudicam a circulação da água, comprometem a oxigenação e afetam a vida aquática. O projeto da dragagem realizada pela Iguá prevê que os sedimentos retirados das áreas assoreadas sejam utilizados no preenchimento das cavas. E é por isso que a cortina antisiltagem é tão importante.

Ao redor da área a ser preenchida, a cortina forma um perímetro de contenção que impede que a pluma de sedimento se espalhe, retendo o material dentro da cava. Isso favorece a decantação e o preenchimento adequado dessas áreas profundas, restaurando o relevo natural do fundo da lagoa.

Como funciona?

Antes da descarga, a cortina é instalada ao redor da cava. Composta por flutuadores na parte superior, lona técnica no corpo e lastro na base, ela permanece vertical e estável, mesmo com o movimento da água. Assim, quando os batelões — embarcações construídas especialmente para o projeto — liberam o sedimento, ele fica contido e decanta diretamente dentro da cava, onde deve permanecer.

Por que é importante?

Sem esse controle, o sedimento poderia se dispersar. A cortina antisiltagem é uma solução técnica que garante a eficiência do preenchimento das cavas e contribui para a recuperação da saúde hídrica das lagoas.

A tecnologia é mais uma aliada do movimento Juntos Pela Vida das Lagoas, liderado pela Iguá, que trabalha para recuperar, proteger e valorizar um dos ecossistemas mais importantes da cidade.