Avanços na Dragagem: resultados animadores são prenúncio de um legado aos cariocas
06 de dezembro de 2024Com prazo de 36 meses, as obras de dragagem do Complexo Lagunar envolvem a remoção de sedimentos das lagoas da Tijuca e do Camorim, além dos canais de Marapendi e Joatinga, remanejando-os para cavas específicas. Mais de 200 trabalhadores participam da execução, que utiliza equipamentos projetados especialmente para o projeto, com intenso diálogo entre a Iguá e a sociedade local.
Por que estamos fazendo a obra?
Nossa dragagem tem dois principais objetivos: a recuperação dos canais naturais de conexão das lagoas com o mar, proporcionando o aumento da troca hídrica, o que permite uma melhor qualidade da água e o aumento da biodiversidade; e o preenchimento das cavas, grandes jazidas artificiais, a fim de evitar o acúmulo de matéria orgânica, a emissão de gases tóxicos e o aumento do mau cheiro.
O que fizemos até o momento?
As obras se iniciaram em abril de 2024, na Lagoa da Tijuca, quando foram abertos os canais para a passagem das primeiras máquinas. Hoje, a obra acontece em mais de uma frente, com ações simultâneas. O cronograma da operação e a evolução da obra podem ser acompanhados no mapa aqui neste site.
Paralelamente à dragagem, a Iguá vem executando uma série de ações e obras de ampliação do sistema de esgotamento sanitário, que incluem a implementação de Coletores de Tempo Seco e o aumento da Estação de Tratamento de Esgoto da Barra da Tijuca, além do plantio de 240 mil mudas de manguezais no entorno das lagoas.
Nossas ações têm impactos positivos não apenas para a população que mora na região, mas também para a biodiversidade local, que vem enfrentando dificuldades de sobrevivência, como é o caso de espécies de bastante incidência, como capivaras e jacarés.
O biólogo Mário Moscatelli, responsável pelo projeto do plantio de mangue no Complexo Lagunar, retrata a obra com entusiasmo:
“A partir do momento que for restabelecido a troca de água entre as lagoas e o oceano, paralelamente com a redução progressiva dos lançamentos de esgoto, a previsão é a “explosão” da biodiversidade local com o consequente reaparecimento das espécies anteriormente expulsas por conta da degradação. Portanto, vivemos um momento histórico, decisivo não apenas para a biodiversidade e a economia da região, como para a qualidade de vida dos moradores”.
A comunicação da obra com a sociedade é constante, com canais transparentes e diretos de diálogo. Enquanto as dragas estão operando, remanejando sedimentos das lagoas, há uma mobilização permanente de sensibilização e educação ambiental, com ações lúdicas e socioeducativas em escolas, atividades com associações de moradores, coletivos locais e lideranças de uma forma geral.
Resultados já encontrados
Os resultados alcançados até agora são promissores e indicam avanços significativos. Mais de 3.650 batelões de sedimentos já foram remanejados, totalizando cerca de 330.000 m³ de material retirado. Além disso, aproximadamente 230 toneladas de resíduos sólidos foram recolhidas e destinadas de forma adequada. O trabalho de recuperação ambiental também avança com vigor: cerca de 60.000 mudas de mangue já foram plantadas.
Ainda há desafios pela frente, mas os progressos demonstram que estamos no caminho certo. Seguimos juntos, unidos pela vida das lagoas.